quarta-feira, 28 de abril de 2010

Trash

Bom, acho que agora vou postar algo aqui. Na verdade, já estou postando, enfim.
Vou, vez ou outra, botar trechos de filmes mais mal-feitos, esteticamente, mas que de uma forma debochada, muito próxima do punk, faz uma crítica à sociedade. Se não faz crítica, pelo menos choca.
Bom, isso é o que eu definiria como o Trash "de qualidade". E não estou falando do Trash dos estúdios hammer, e sim algo mais próximo da Troma e da Canibal Filmes (essa ou esta última, pronome nunca foi meu forte, brasileira), e dos filmes que Peter Jackson (sim, o gordinho nerd do Senhor dos Anéis) fazia, como "Bad Taste" e "Fome Animal" (esse ou este último, indico que todos vejam).
Geralmente, por diferenciar-se dos outros filmes já pelo modo de produção, os filmes Trash já são uma afronta no cinema, por tratar-se de vídeos feitos com poucos recursos, efeitos toscos e sem nenhuma vontade de colocar-se no lugar dos filmes hollywoodianos. Mas não só por isso. Sei que o texto está meio cortado, não sei por que estou escrevendo com um fone de ouvido, sem ouvir música nenhuma, e isso está me impossibilitando de ler o que estou escrevendo, mas paciência, já está acabando. Muitos filmes Trash (há diversas classificações para o Trash, e não digo o Trash involuntário, do tipo "Cinderela Baiana", e sim os filmes Trash conscientes) criticam, com o uso do grotesco, as regras e costumes de nossa sociedade consumista e feliz e saltitante e medrosa. Os excessos são para provocar o riso de algo que, se fosse sem excesso, faria as pessoas tremerem de medo, ou quase isso.

Chega de texto.
RESUMINDO: Se você leu RESUMINDO antes de qualquer coisa, não leia o que veio antes. Acho legal quem se interessa por Trash procurar filmes da Troma (como "Tromeo e Julieta" e "Vingador Tóxico" = "Tromeo & Juliet"; "Toxic Avenger", crássicos), e da Canibal Filmes (quando eu for apresentar o texto, pretendo mostrar "Vadias do Sexo Sangrento", mas "Arrombada! Vou mijar na porra do teu túmulo" Também é legal), ess(t)e muito anarquista, cropófilo e surubeiro nas horas vagas.

Aí vai um trecho de Tromeo & Juliet:
http://www.youtube.com/watch?v=RUC5VQ6Rv6A

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Glen or Glenda, Ed Wood (1953)


Glen or Glenda (1953)

Freaks, de Todd Browning (1932)

Seminário Bauman - O horror do inadministrável





Texto: Medo Líquido (Zygmunt Bauman)

"O HORROR DO INADMINISTRÁVEL"


- Capacidade humana de autodestruição

- Contradição: esforços para um planeta melhor têm efeito contrário

- Desigualdade faz parte da concepção de felicidade

- Desenvolvimentos modernos e a estratégia do detour

- Aproximação da “derradeira catástrofe”

- Administração de crises e reparação de danos


- Consequências para as minorias (Katrina)

- Vidas dignas e indignas

- Divisão desigual dos medos

- A calamidade da limitação biológica da vida humana.

- Encontro entre desastre “natural” e desastre social/moral.

- Coabitação incômoda entre natureza – Deus – e suas criaturas humanas.

- Natureza como obstáculo à ambição.

- Dessacralização da natureza.

- Techne e ciência.

- “Cedo ou tarde, todas as ameaças, naturais ou morais, se tornariam previsíveis e evitáveis, obedientes ao poder da razão” (BAUMAN, p. 113).

- Luta moderna para tornar o mundo administrável.

- A tecnologia se comporta exatamente como a natureza. Seus caminhos são imprevisíveis e Bauman aponta essa imprevisibilidade como uma nova forma de medo. Ex: Bombas de Hiroshima e Nagasaki

- Filmes baseados no medo em relação às máquinas